E EIS QUE, TENDO DEUS DESCANSADO NO SÉTIMO DIA, OS POETAS CONTINUARAM A OBRA DO CRIADOR.
(MÁRIO QUINTANA)

domingo, 28 de julho de 2013

TEMPO

(Fotos minhas, objectos meus)
TEMPO
  Tempo!
Bendito tempo
que as dores sempre acalma,
que aquieta as más lembranças,
que preserva a criança
que levo escondida em minh’alma.
  Tempo!
Maldito tempo
que marca meu rosto com garras,
que passa sobre meus sonhos,
que rasga a mágica ténue
da vida que se esvai nas floradas  
Tempo,
pudesse te dominar.
sem medo, sem pejo de nada,
um tango iria dançar
e enfeitar de alegria
os minutos que em mim se abrindo
nunca iriam passar.
Ah, tempo,
pudesse te segurar
bem firme por entre os
dedos,
fixaria poentes
em cores de obra-prima,
teceria belos casulos
de luar e de neblina
para meus segredos guardar.
E os bem-te-vís, os ouviria cantar
sem pressa, parada no cais,
lembrando quem bem-me-viu
que levastes em tuas asas
para o mundo do nunca mais.
Tempo,
Não tires assim meu alento,
preciso já construir
as pontes dos bons intentos,
romper distâncias, calar o pranto
enquanto busco o amor,
que tu de maldade escondeste
nas trevas do desencontro.
Tempo,
fique mais, quero rever o mar.
de longe e de perto amar.
desfolhar muitos azuis,
resplandecer em auroras
esquecida que nas horas
estás ligeiro a passar.
Por fim, como anjo vadio
planando sem eira nem beira
sobre abismos de saudade,
hei de mostrar-te a verdade:
não podes comigo, tempo,
sou filha da eternidade.
MARIA LÚCIA VICTOR

Maria Lúcia Victor (Barbosa) diz, de si mesma:
Sou mineira de Belo Horizonte, mas hoje piso a terra roxa do norte do paraná.
Sou socióloga por profissão, fui professora por missão, sou escritora por vocação.
Antes de mais nada sou mãe e meus filhos são minhas três obras-primas, acrescidas agora por uma netinha, minha primavera, minha borboletinha cor-de-rosa.
Sou politicamente incorreta.
Sou uma passageira da eternidade em busca da LUZ...

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

UM AMOR DISTANTE

UM AMOR DISTANTE

Este belo poema «UM AMOR DISTANTE», que li no blog “Poesias do Poeta Cigano” -  http://carlosrimolo.blogspot.pt  -  emocionou-me particularmente, o que me levou a pedir, ao seu autor, permissão para o publicar neste meu blog.
Gentilmente acedeu ao meu pedido pelo que, publicamente, quero dizer-lhe:
- Bem-haja! meu querido amigo Carlos Rímolo.




UM AMOR DISTANTE

Eu já não vejo suas pegadas,
Nas areias, levadas pela brisa,
Cadê a doce maresia molhada,
Que se foi, após a sua partida?
 

Gaivotas não bailam nos céus,
Os coqueirais parecem chorar,
Faz-se deserta a praia e ao léu,
E, não quer o sol mais brilhar!
 
 
Não tem a minha noite estrelas,
Não importa, não quero vê-las,
Só penso em você, e fico a sonhar!

 
Chora meu coração sua partida,
Lágrimas de amor nessa sua ida,
Pedindo a Deus, p’ra você voltar!!!