
Há dias, não sei porquê, esse poema veio-me à ideia. Resolvi investigar na Net e descobri o seu autor: Reinaldo Ferreira.
Partilho convosco este poema de que gosto imenso.
SEI QUE A TERNURA
Sei que a ternura
Não é coisa que se peça
E dar-se, não significa
Que alguém a queira ou mereça
Estas verdades
Que são do senso comum
Não me dão conformação
Nem sentimento nenhum
De haver força e dignidade
Na minha sabedoria
Eu preferia
Sinceramente preferia
Que, contra as leis recolhidas
No que ficou
Dos destroços de outras vidas,
Tu me desses
A ternura que te peço
Ou que, por fim,
Reparasses que a mereço.
Reinaldo Ferreira
(1922 – 1959)
Sei que a ternura
Não é coisa que se peça
E dar-se, não significa
Que alguém a queira ou mereça
Estas verdades
Que são do senso comum
Não me dão conformação
Nem sentimento nenhum
De haver força e dignidade
Na minha sabedoria
Eu preferia
Sinceramente preferia
Que, contra as leis recolhidas
No que ficou
Dos destroços de outras vidas,
Tu me desses
A ternura que te peço
Ou que, por fim,
Reparasses que a mereço.
Reinaldo Ferreira

Reinaldo Ferreira nasceu em Barcelona em 20 de Março de 1922 e faleceu em Moçambique em Junho de 1959.
Teve uma vida breve e pouco bafejada pela sorte. Iniciou os estudos secundários em Espanha, tendo-os concluído já em Moçambique, onde se fixou. Colaborou em algumas publicações da antiga Lourenço Marques (actual Maputo).
A sua poesia só ficou conhecida aquando da publicação póstuma dos seus “Poemas”, em 1960.
(Poemas, Imprensa Nacional de Moçambique, Lourenço Marques, 1960)
Em 1966 uma segunda edição teve prefácio de José Régio que, tal como Vitorino Nemésio, lhe teceu grandes elogios.
O seu legado como poeta é muito reduzido, não só porque a sua vida foi muito curta mas também porque o seu verdadeiro interesse era o teatro. Muito seria de esperar neste capítulo, mas para tanto lhe foi pouca a vida.
Teve uma vida breve e pouco bafejada pela sorte. Iniciou os estudos secundários em Espanha, tendo-os concluído já em Moçambique, onde se fixou. Colaborou em algumas publicações da antiga Lourenço Marques (actual Maputo).
A sua poesia só ficou conhecida aquando da publicação póstuma dos seus “Poemas”, em 1960.
(Poemas, Imprensa Nacional de Moçambique, Lourenço Marques, 1960)
Em 1966 uma segunda edição teve prefácio de José Régio que, tal como Vitorino Nemésio, lhe teceu grandes elogios.
O seu legado como poeta é muito reduzido, não só porque a sua vida foi muito curta mas também porque o seu verdadeiro interesse era o teatro. Muito seria de esperar neste capítulo, mas para tanto lhe foi pouca a vida.
19 comentários:
Reinalfo Ferreira embora.. tenha nascido em Barcelona...é para nós um poeta moçambicano...a sua morte deixou Lourenço Marques de luto...Dos seus poemas, este é dos meus preferidos... ainda bem que o trouxeste pois há muito que o não lia.
Beijo amigo
Graça
Boa noite Mariazita,
não me admira nada que tenha gostado, é lindíssimo e muito leve, sereno!
Beijinhos,
Ana Martins
Ave Sem Asas
Olá querida amiga
É sem duvida um belo poema, não conhecia de todo, muitos parabens, nesta vida estamos sempre a aprender nesta partilha de conhecimentos fantastica e que faz deste meio uma fonte de conhecimento inesgotavel.
Beijinho
Mariazita, amiga!
Nem sonha como me fez bem ler este belíssimo poema... que ainda não conhecia!
Ternura é só aquilo que te peço!
Beijinhos
Ná
Mariazita,
um lindo poema, realmente! E adorei conhecer não só o poema, mas sobre a breve vida do autor. Obrigada, querida.
Muitos beijos!
Minha amiga
Não conhecia o poema nem o poeta... isso só por si é motivo bastante para me sentir grata por o teres publicado.
Depois, um poema tão bonito que fala da ternura.... faz o resto no meu coração.
Beijinhos Mariazita
( Há tanto tempo que eu não vinha ao Lírios...)
Olá querida amiga Mariazita, não conhecia nem o poema, nem o autor.
Mas gostei imenso do poema, obrigado pela partilha.
Tem um lindo e feliz dia minha amiga.
Beijinhos
Epá isso é que é memória!! Eu nem me consigo lembrar do que fiz há 5 minutos. bfds
É atrativa a prática de lembrar, e de re-conhecer.
Muito lindo e bem escolhido!De volta, aos poucos, chegando à rotina, um beijo e agora iniciando essa semana uma série de exames no Neno, por quem te peço que rezes,beijos,chica
Mariazita, que linda e terna poesia!
Não conhecia esse poeta, hoje aprendi mais um pouco com sua postagem! Obrigada.
Beijos, brasileiros, Teresa
*
o teu post
é um mar de ternura,
parabéns,
,
brisas serenas, deixo,
,
*
Há poemas que nos marcam.
Este é, de facto uma "Ternura"
Um beijo
L.B.
Muito bonito na verdade, obrigada pela partilha
Bj
Volto pra te agradecer o carinho e preces.Estamos recuperando o danadinho do neno.Foi diagnoasticada por causa da virose, uma desnutrição AGUDA na qual perdeu 10% do seu peso (isso é terrível)e nutrientes.Está em fase de convalescimento e apresentando melhoras.Obrigado!beijos,chica( tocando comida a toda hora pra ele,rsrss podes imaginar!!!)
Lindissímo poema, excelente blog vou acompanhar com muito prazer.
bom fim de semana
njs
Maria
Belo poema...Espectacular....
Cumprimentos
Vim andando por aqui de pouiso em pouiso, e pousei no seu cantinho, que muito gostei, já te estou seguindo, e vou vir aqui muitas vezes, pois é óptimo andar por aqui. bj
Mariazita, gostei do poema deste poema. Muito. Não conhecia o autor.
Escelente escolha. Bom fim de semana. Grande abraço!
Enviar um comentário