OLHAI OS LÍRIOS DO MACUÁ
E EIS QUE, TENDO DEUS DESCANSADO NO SÉTIMO DIA, OS POETAS CONTINUARAM A OBRA DO CRIADOR.
(MÁRIO QUINTANA)
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
TU ME QUIERES BLANCA
João Villaret - Tu me quieres blanca
Upload Music
TU ME QUIERES BLANCA
Ligue o som, acima, e acompanhe este poema, um verdadeiro grito anti-machismo, na voz e jeito inconfundível de dizer, do insubstituível João Villaret
TU ME QUIERES BLANCA
Tu me quieres blanca
Me quieres de nácar ,
Me quieres de espumas.
Que sea azucena
Sobre todas, casta.
De perfume tenue.
E Corola cerrada
Ni un rayo de luna
Filtrada me haya.
E una margarita
Seria mi hermana.
Tú me quieres nívea,
Tú me quieres blanca,
Tú me quieres casta.
Tú! que hubiste todas
Las copas a mano,
De frutos y mieles
Los labios morados.
Tú que en el banquete
Cubierto de pámpanos
Dejaste las carnes
Festejando a Baco.
Tú que en los jardines
Negros del Engaño
Vesti
do de rojo
Corriste al Estrago.
Tú que el esqueleto
Conservas intacto
No sé todavía
Por cuáles milagros,
Me pretendes blanca
(Dios te lo perdone),
Me pretendes nívea
(Dios te lo perdone),
Me pretendes casta!
Huye hacia los bosques,
Vete a la montaña;
Límpiate la boca;
Duerme en las cabañas;
Toca con las manos
La tierra morada;
Alimenta el cuerpo
Con raíz amarga;
Bebe de las rocas;
Duerme sobre escarcha;
Renueva tejidos
Con salitre y agua;
Habla con los pájaros
Y lévate al alba.
Y cuando las carnes
Te sean tornadas,
Y cuando hayas puesto
En ellas el alma
Que por las alcobas
Se quedó enredada,
Entonces, buen hombre,
Preténdeme nívea,
Preténdeme blanca,
Preténdeme casta.
Alphonsina Storni
(29.05.1892 – 25.10.1938)
Filha de pais argentinos, nascida na Suíça, imigrou com os seus pais para a província de San Juan na Argentina em 1896. Em 1901, muda-se para Rosario, (Santa Fé), onde tem uma vida com muitas dificuldades financeiras. Trabalhou para o sustento da família como costureira, operária, atriz e professora.
Descobre-se portadora de câncer de mama em 1935. O suicídio de um amigo, o também escritor Horacio Quiroga, em 1937, abala-a profundamente.
Em 1938, três dias antes de se suicidar, envia de um hotel de Mar del Plata para um jornal, o soneto “Voy a Dormir”.
Consta que se suicidou andando para dentro do mar — o que foi poeticamente registrado na canção "Alfonsina y el mar", gravada por Mercedes Sosa; seu corpo foi resgatado do oceano no dia 25 de outubro de 1938. Alfonsina tinha 46 anos.
Escreveu poesia, ensaios, teatro e teatro infantil
Mensagens mais recentes
Mensagens antigas
Página inicial
Subscrever:
Mensagens (Atom)